Sunday, February 8, 2009

Dia 152 - Resumo - Laos

O Laos (lembrem-se que não se pronuncia o "s") foi a minha segunda parada na viagem e certamente aquela que mais me marcou. Ao contrário de seus vizinhos, esse simpático país sem saída para o mar não possui nenhuma atração turística de grande porte como Angkor no Camboja, não tem as praias da Tailândia e nem tem uma história conturbada como o Vietnã. Entretanto, nos primeiros dias no Laos as pessoas acabam percebendo que a maior riqueza desse país não se mensura em dólares ganhos com tickets para atrações turísticas. A maior riqueza está no povo, que contribuiu para as melhores experiências que tive nessa viagem.

Visitei cinco cidades, começando por Luang Prabang, meu lugar preferido de toda viagem e que acabou estabelecendo um padrão deveras alto para as cidades que viriam a seguir. Luang prabang terá (mais um) post dedicado a ela. Rumo ao sul, fui pra Vang Vieng, onde, em um vilarejo mais afastado da cidade, fui convidado para uma pequena festa familiar com comida, cerevja com gelo e sinuca. Depois foi a vez de conhecer Vientiane, capital do país e única cidade em toda viagem na qual eu consegui distinguir um dia da semana do domingo. Aliás, preciso fazer uma retratação a esta belíssima cidade que tanto mal eu falei por causa das comparações injustas com Luang Prabang. Depois foi a vez de uma breve parada em Savannakhet, cidade que não me cativou muito e fez com que no mesmo dia eu pegasse um ônibus para Pakse, cidade que deverá, no futuro, ter uma posição estratégica no turismo das regiões do sul do Laos.

Uma das coisas mais bacanas do Laos são as viagens de ônibus, não tanto pelas cenas que presenciei dentro deles, mas principalmente pelas cenas que ví através das janelas. Os caminhos, especialmente entre Luang Prabang e Vientiane são bem sinuosos, a paisagem exuberante e a quantidade de vilarejos entre as estradas e os abismos é surpreendente. E todos são convidativos, tanto que sempre que os vejo, tenho vontade de sair do ônibus e ver o que tem por lá. Acho que ficaria um mês pulando de vilarejo em vilarejo.

Muito embora a Tailândia seja a terra dos sorrisos, é no Laos que encontramos as pessoas mais amigáveis, pacatas e divertidas. Sejam todas as crianças de uma escolinha correndo atrás de você falando sabaidee, uma velhinha simpática sentada em sua cadeira sorrindo ou um grupo de pessoas te convidando para uma Beerlao, você sempre se sente em casa e querido no Laos. Talvez pela cultura do país ou então pelo fato de que ele ainda não foi dominado pela malígna indústria do turismo, o Laos é o paraíso em forma de país e fico feliz de tê-lo incluído mesmo sem saber direito o que esperar dele.

1 comment:

Anonymous said...

MORRIA e não sabia que não pronuncia o S, mesmo, vergonhaaaa! Ainda bem que eu tenho vc em minha vida pra me tornar menos ignorante, baby!

Essas experiências com as pessoas do local são de fato a coisa mais válida!