Wednesday, December 17, 2008

Dia 6 - Bangkok vicia

Vamos continuar de onde paramos ontem. Chegar no Wat Arun tornou-se, depois de três tentativas frustradas, uma questão de honra para mim. Hoje até levantei mais cedo do que o costume para garantir que tudo iria dar certo, mas aí veio o primeiro revés: estava chovendo. Esperei algumas horas e saí. Fiz o mesmo caminho de ontem e atravessei a ponte que eu deveria ter atravessado para chegar na avenida que dava no templo. Um hora e meia de caminhada e eu avisto finalmente o grandioso Wat Arun, cujo topo do pilar central é visto da janela do meu quarto. E a espera valeu apena, pois é um dos templos mais interativos que eu visitei por aqui. Você pode subir até o seu topo, no qual é possível ter uma boa vistado rio e da parte central da cidade. E a subida em sí é uma aventura, visto que os degraus são MUITO estreitos (uns 35cm) e MUITO altos (uns 50cm). Portanto, Vielas de Bangkok 1 x 1 Luiz. Ainda dá pra virar!

De onde estava, tomei um barco pra atravessar o rio (18 centavos) e um outro para ir até o Pier Central, que é o final (ou início) de uma das linhas do Skytrain (o metrô de superfície daqui). Meu objetivo agora era ir até um templo hindu que fica no centro comercial. Sem rios para me atrapalhar dessa vez, cumpri facilmente a tarefa e rumei para a estação central para ver horários dos trens para uma cidade aqui perto. No caminho, conhecí um senhor que disse ganhar dinheiro vendendo pay-per-view dos jogos da seleção brasileira. Conversamos um pouco e aí ele veio com a ladainha clichê que os turistas têm de aguentar: i) falou pra eu ir em uma alfaiataria (MAIS UMA) pois aí ele ganharia não-sei-o-que; ii) falou pra eu ir numa agência de turismo para agendar a viagem. Eles sempre dizem que a agência (Tourism Authority of Thailand) é do governo e que lá é mais barato. Ladainha pura. Só existe uma TAT e eu sei onde fica. As outras dezenas são cópias tentando enganar os mais desatentos; iii) por fim, falou pra eu ir numa casa de massagem + sexo que ele indicou, pois as moças de lá são estudantes. Fiz que "sim" com a cabeça e voltei a andar.

Na estação (Huamlamphong) fui abordado por uma moça com um panfleto com os horários dos trens. Mais pra frente, um rapaz me mostrou outro panfleto com horários diferentes. Em quem confiar? Na dúvida, ninguém. Descobrí que pra onde quero ir não precisa reservar com antecedência (já imaginava isso) por ser perto e além dos trens, há a opção de ir de ônibus. Acho que deixarei Bangkok na sexta-feira, rumo ao norte, mas não há nada decidido. Dá vontade de ficar aqui mais tempo, agora que descobrí os caminhos que ninguém segue!

Da rodoviária, fui pra Chinatown, um bairro que só não deve existir nas cidades chinesas! Lá não tinha nada de muito interessante, a não ser um ou outro letreiro lumino em chinês. Hoje eu consegui andar mais do que ontem. Tirando a parte que eu fiz de barco, andei pouco mais de 15 quilômetros e tem mais: já são três dias sem utilizar qualquer tipo de transporte que não os barcos! Acho que com isso eu viro o jogo contra as Vielas de Bangkok!

No comments: