Wednesday, December 17, 2008

Dia 5 - Vielas de Bangkok 1 x 0 Luiz

Já faz três dias que eu quero conhecer um templo budista que dista uns 3km de onde estou e não consigo. No domingo eu não consegui pois ele estava fechado; ontem caiu o mundo quando eu estava em um templo ao lado e por isso não deu tempo; e hoje eu também não consegui.

Levantei, tomei café, arrumei as minhas coisas e rumei decidido para o templo. Como tenho feito na grande maioria das vezes, dispensei qualquer meio de locomoção e fui a pé. O problema é que o mapa que eu tenho da cidade não detalha muito a região onde ele está localizado. Além disso as ruas daqui quase não possuem sinalização, fazendo com que a minha localização dentro da cidade se torne complicada. Pra "ajudar", o templo fica localizado na margem contrária do rio que eu estou. Mas isso não iria impedir eu, um intrépido aventureiro de tentar chegar lá com base no instinto!

Atravessei a ponte sobre o rio e comecei a jornada. Ponto para mim, pois de alguma maneira consegui encontrar a avenida que dá no templo. Minutos depois me deparo com uma ponte sobre um rio... "mas não havia outro rio indicado no mapa" - pensei. Imaginei ter errado o caminho em alguma parte e achava que estava voltando ao ponto de partida e por isso resolvi retornar e continuar andando - agora totalmente a esmo. Para facilitar a minha localização, decido caminhar seguindo o rio e para isso tenho que andar por entre as "comunidades ribeirinhas" que vivem nas suas margens. Becos estreitos, casas pequenas, um cheiro nem sempre agradável e muitas pessoas dispostas a ajudar. Está aí uma coisa que não existe em nenhum guia de viagem e é extremamente recompensador fazer.

Continuei andando, ora com, ora sem direção até chegar à conclusão de que não acharia nunca o tal templo. Já fazia umas três horas que estava andando. No caminho de volta encontrei com uma das pessoas que conversei nas casas que ficam na beira do rio. MUITA concidência. Começou a chover e eu me refugiei numa cobertura que fica na primeira ponte que eu cruzei. Passada a chuva, eu começo a observar a cidade e o rio do meio da ponte tentando achar um caminho para o templo e eis que me deparo com um detalhe que o mapa não indicava: o rio se divide em dois em determinado momento e quando eu estava na rua que eu acreditava ser a certa e me deparei com uma ponte sobre um rio, eu estava de fato caminho certo. A quarta tentativa de ver o templo será amanhã e, se tudo der certo, eu igualo a contagem contra as vielas de Bangkok.

Ah, a minha andança de hoje ficou em aproximadamente 12km...

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