Wednesday, December 17, 2008

Dia 4 - Comunicação

Por ser um país cujo turismo é importante fonte de riqueza para uma boa parcela da população, os tailandeses estão muito bem preparados para receber os turistas que desembarcam por aqui. São poucas as pessoas que não sabem a menos o básico do inglês, muito útil para qualquer tipo de negociação.

O inglês é suficiente, mas sempre ajuda e é até mais educado se você sabe uma ou outra palavra em tailandês. E estou sofrendo pra aprender "uma ou outra palavra". Não só o alfabeto é diferente, como também a forma de pronuciar as palavras difere muito das línguas latinas e até mesmo as germânicas. é extrememante complicado entender os fonemas e uma pronúncia com entonação diferente pode mudar completamente o sentido da frase que você está falando. Até agora eu aprendí "oi", "tchau", "obrigado" (com muito, muito custo), "sim" e "não".

Ontem conhecí um japonês que falava meia dúzia de palavras em inglês, mas conseguimos manter algo que se possa chamar de "conversa" por uns bons minutos. Hoje eu conhecí uma senhora muito simpática em um dos milhões de templos que existem pra ver por aquí. Estava chovendo (como todos os dias) e ela falava a cada cinco minutos pra "not forget umbrella next time" (o guarda-chuva dela me salvou de ficar ensopado). Depois do guarda-chuva, falou pra não esquecer de chapéu e tênis (estava de chinelo). Por fim, ela escreveu o endereço no meu caderno e disse pra eu visitá-la da próxima vez que vier aqui. Eu gosto mais de conhecer o povo local e ver como eles são de fato do que ficar correndo atrás de gente de fora.

Três dias em Bangkok, muitas andanças e saber falar não em tailandês já são suficientes para espantar um pouco os motoristas de tuk-tuk. Já ando sem mapa pela cidade e quando alguém vem me oferecer carona pra algum lugar, já mando logo um chai e ele desiste. Se eu falo "no", eles insistem até você aceitar, o que acaba sendo uma batalha um tanto quanto interessante, dada a minha inflexibilidade pra certas coisas.

Hoje resolví sair da "zona de conforto" na alimentação e pedí um prato apimentado. E não pedí água. Estou com a garganta em chamas até agora. Todo prato que eu como eu escrevo o nome em fonemas no caderno pra poder pedí-lo em tai em uma próxima vez.

A chuva que cai todos os dias tem feito com que o meu progresso no conhecimento da cidade seja mais lento. Acho que vou ficar por aqui pelo menos mais uns dois dias.

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