Wednesday, December 17, 2008

Dia 3 - Andando e aprendendo

Esquecí de dizer mais uma coisa sobre os tuk-tuk: sempre antes de te levar nos lugares, eles te levam pra uma loja pra você entrar, ver e comprar(ou não) alguma coisa. Com isso, eles ganham uma comissão, apesar de que o discurso oficial é de que se você for na loja indicada, o motorista ganha um "cupom de gasolina". O que eu não mencionei ontem é que me levaram em TRêS ALFAIATARIAS. Na primeira, eu agí normalmente e fiz perguntas, visto que era a primeira vez nessa brincadeira. Depois eu comecei a perder a paciência. Por que raios eu vou querer comprar um terno por aqui?? Eu não fui em três alfaiatarias em toda a minha vida e fiz tudo isso em apenas um dia aqui. No entanto, foi graças a isso que eu aprendí uma manha para não pagar o tuk-tuk: hoje, quando um deles tentou me levar para OUTRA alfaiataria, eu falei que não; ele insistiu e eu continuei irredutível; falei que ou ele me levava onde eu queriaou não iria pagar. Dito e feito: ele não quis e eu não paguei. Tudo bem que ele me deixou num lugar que eu não fazia a menor idéia de onde ficava, mas pelo menos ficava na metade do caminho pra onde eu queria ir.

Nesses dois dias deu pra conhecer BOA parte da cidade. Andei, e andei muito. Já conhecí pelo menos metade da cidade e, em alguns lugares, já estou apto a dar informaçoes pros outros gringos. Aliás, falando em andar, tenho tido SéRIAS dificuldades para atravessar a rua. Primeiro que aqui os carros andam no sentido contrário; com isso, eu nunca sei pra que lado olhar antes de atravessar (olho para todos os lados diversas vezes); segundo que a sinalização aqui é um tanto falha e os motoristas costumam não respeitá-la. E é interessante notar que, mesmo com a confusão na sinalização, a enorme quantidade de carros, ônibus, motos, tuk-tuks e a aparente falta de cuidado de todos os motoristas, eu ainda não ví um úNICO acidente por aqui.

No final da tarde, enquanto voltava de uma caminhada frustrada (o lugar que eu queria ir estava fechado) choveu (pra variar) e eu esperei um tempo em um ponto de ônibus. Depois comecei a andar a esmo e descobrí sem querer uma versão em miniatura do Taj Mahal. Feito de mármore italiano, com estilo cambojano e pedras de calçamento francesas, é um lugar pouco ou quase nada visitado por turistas. Na saída, peguei uma rua que não tinha pego ainda e acabei parando no que parecia o acampamento das pessoas que são contra o atual governo. Comida de graça (que eu recusei educadamente), quinquilharias, camisetas no estilo "Eu amo a democracia. Fora Fulano de Tal" e um palco com um cara meio messiãnico esbravejando alguma coisa. E nenhum turista!!

Bangkok é bacana, mas a enorme quantidade de turistas e de gente querendo ganhar dinheiro em cima deles (e de mim também) já está me cansando. Devo ficar mais uns dois dias por aqui e rumar para o norte, mais calmo e mais fresco. Falando em clima, o daqui beira o insuportável: muito calor e muita humidade; suor o dia todo e ventilador a noite toda.

Ah, as fotos estão na coluna da direita agora.

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