Wednesday, December 17, 2008

Dia 8 - Dia de mudanças (efêmeras)

Foi com pesar que deixei Bangkok para trás, mesmo sabendo que em breve eu voltarei. Levantei, arrumei as minhas coisas e fui pra estação de trem. Lembram-se que ontem eu peguei o ônibus e não precisei pagar por ele? Hoje também não! Tudo bem que a passagem não é nenhuma fortuna (algo em torno de 30 centavos), mas só de utilizar alguma coisa e não pagar já deixa a gente feliz. Portanto, quando vierem `a Bangkok, peguem o ônibus 53, mesmo que vocês não precisem!

Na estação peguei o primeiro trem para Ayutthaya. Era o mais simples de todos e ainda peguei a terceira classe, a mais "humilde". Pela viagem de uma hora e meia paguei míseros 85 centavos. Até a minha nova cidade eram nove estações, todas escritas em tailandês, exceto as maiores. Até aí tudo bem, o problema é que nas estações que o trem parava nunca havia placas com o nome da estação de maneira visível para quem está no trem. Então fui contando as estações pra não errar. Desci na nona e fui para a cidade.

A cidade antiga fica em uma "ilha" criada pela junção de três rios e é patrimônio reconhecido pela Unesco. Em uma área bem pequena há muitas construções que remontam `a época áurea do império. Estima-se que por volta de 1700, a cidade tinha 1 milhão de habitantes (possui 100 mil atualmente) e era a capital do império até ser conquistada pelos birmaneses. Parece ser uma cidade interessante, mas não foi o que ouvi de alguns locais de Bangkok e da japonesa que conhecí na estação ontem. Todos disseram que a cidade era bonita, mas que um dia nela era mais do que suficiente, já que além dos registros históricos ela não tem muito mais a apresentar.

E eles estavam certos. Os vestígios do império são de fato bonitos, mas nada que se compara com Angkor, por exemplo. Por isso, deixei de entrar naqueles que são pagos e me limitei a tirar algumas fotos do lado de fora, o que de certa forma é melhor, pois os pilares costumam ser muito altos impedindo fotos a curta distância.

Fora isso, a cidade me parece um pouco mais organizada no trânsito que Bangkok, mas muito mais suja e fedida também, talvez pela forte chuva de ontem. São poucas as guesthouses, não achei nenhum supermercado e custei a achar um lugar com acesso `a internet. Falando nisso, descobrí que as lan houses frequentadas pelos tailandeses viciados em jogos possuem uma conexão muito mais rápida do que aquelas destinadas aos turistas. Fica a dica pra quem vier.

A minha passagem para Phitsanulok já está comprada para domingo. Tenho, portanto, pouco mais de um dia para explorar a parte interna (e antiga) da cidade e também a parte que fica fora da ilha.

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