Wednesday, December 17, 2008

Dia 26 - Man Na Soe Ban Gap Seup Ni Da

Acho que eu devo saber "Prazer em conhecêlo(a)" em uns dez idiomas agora. Em thai e em lao é praticamente a mesma coisa (Yin-dee-tee-die-roo-jak), com uma pequena diferença na pronúncia e foi a vez de aprender em coreano. Luang Prabang, assim como todo o Laos, tornou-se um destino muito procurado pelos coreanos depois que o Laos passou a emitir visto de trinta dias para os coreanos há pouco mais de um mês. Só na guesthouse que eu estou tem três; uma delas é a que eu conheci no aeroporto e que eu já tinha trombado algumas vezes em Chiang Mai e as outras duas eu conheci ontem. Obviamente que eu não iria deixar passar em branco a oportunidade de aprender algumas palavras em coreano!

Man Na Soe Ban Gap Seup Ni Da :)
(o "g" é pronunciado como "p")

Eu tenho um pedaço de papel que tem dezenas de palavras em tailandês, lao, japonês e agora coreano, além de ter os nomes dos pratos que eu mais gosto. E é extremamente prazeroso tentar arriscar algumas palavras em uma língua totalmente diferente da nossa. Com certeza isso é uma das coisas mais bacanas da viagem.

E todo esse contato com asiáticos está influenciando o meu inglês. Para eles, é muito difícil pronunciar a letra "r" e geralmente eles trocam pelo "l", tal qual o Cebolinha. De tanto falar com eles e ouvir "lun" (run), "liver" (river) e por aí vai, eu comecei, espontaneamente, a trocar os "r" pelos "l" nas palavras, talvez para tentar me aproximar o máximo da pronúncia deles. Quando, por milagre, eu falo com algum europeu, a pronúncia volta a ser "correta".

Em relação ao churrasco, eu tinha certeza que não seria o nosso churrasco tradicional, opinião que, para minha surpresa, foi compartilhada pelas coreanas, mas lá no fundo eu esperava chegar no lugar e ver um cara, com cara de gaúcho, jeito de gaúcho, servindo a carne. Sonho meu. O churrasco foi à moda do Laos. Quando o rapaz trouxe as carnes, pensei que era uma tábua de frios, devido ao tamnho e à espessura delas. Além das carnes, ovos, macarrão, vegetais diversos (sem brócolis) e sopa. A quantidade não era lá o que eu esperava, mas a sopa conseguiu tapear a minha fome por algumas horas até eu acordar no meio da madrugada com o estômago implorando por comida e sem eu ter nada para alimentá-lo, fato raro, já que eu sempre procuro ter uma bolacha comigo para esse tipo de emergência.

Dois dias aqui em Luang prabang e eu ainda não fiz nem perto de metade das coisas que eu quero fazer. é bem provável que eu fique BASTANTE tempo por aqui, assim como a maioria das pessoas que eu converso. Elas nunca sabem quando vão deixar a cidade; falam que gostam e que querem continuar por aqui.

Só pra não perder o costume, fui conhecer o Estádio Nacional de Luang Prabang. Infelizmente quando eu cheguei o jogo, que poderia ser de campeonato, várzea ou solteiros x casados, já havia terminado. O estádio tem até uma pira olímpica! E o mais bacana é a forma como ela é acesa: do lado da pira, tem um galo enorme e no bico dele tem um revólver de brinquedo que, quando acionado, manda uma fagulha pra pira e acende o fogo! Na volta do estádio, parei pra conversar com um pessoal que tinha ido ver o jogo e um dos caras quis trocar de camisa comigo. Eu estava usando uma camisa ROXA do Liverpool comprada em Phitsanulok por cinco reais e ele, uma azul da Itália com as quatro estrelas! Gostava muito da minha camiseta, mas ela ficará em boas mãos. Descobri que amanhã terá jogo de novo e eu comparecerei ao estádio para tentar trocar a camiseta por outra e continuar assim todos os dias!

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