Wednesday, December 17, 2008

Dia 15 - You'll never walk alone

Hoje foi mais um dia de mudanças. Fui cedo para a estação de trem para pegar o primeiro trem do dia rumo a Chiang Mai. O trem passa por pontes de dezenas de metros de altura, o que faz com que a viagem de quase três horas seja bem interessante. Ao descer dele, fui bombardeado por dezenas de pessoas me oferecendo carona pra cidade, querendo que eu fique na guesthouse deles e pedindo dinheiro. Sovina que sou (pra certas coisas), ignoro todos e vou a pé até o lugar que eu escolhi para ficar. Então vamos eu e minhas duas mochilas (uma de 12 e outra de 3 quilos) cidade adentro pra economizar DOIS REAIS de condução. É engraçado porque, apesar de tudo ser muito barato aqui, a minha base de comparação não é o Brasil. Eu tento usar a Tailândia como base, muito embora dois reais não é muita coisa nem por aqui. Entretanto, fiquei orgulhoso com o meu feito, afinal, a cada cinco ou seis vezes que eu fizer isso, é um dia a mais de estadia para mim!!

Chiang Mai parece sofrer do mesmo problema que as outras cidades tailandesas em relação ao turismo nessa época: há um desequilíbrio enorme entre oferta e procura, mesmo considerando que ainda não estamos na alta temporada. Com isso, a cidade fica mais pacata e eu consigo preços mais camaradas nas guesthouses. Depois de achar um lugar para ficar e com um mapa FUNCIONAL nas mãos, saí em direção ao aeroporto para comprar uma passagem, já que o sítio da companhia aérea que faz o trecho que eu quero não está funcionando. Chegando lá descubro que a dita cuja não tem uma representação específica e que as companhias aéreas não-tailandesas são representadas por um único guichê. Esse guichê, por sinal, consegue ser mais simplório do que uma rodoviária de cidade do interior. O meu e-ticket foi impresso em uma impressora MATRICIAL, com aquelas letras meio esquisitas e tudo. Daqui a dois domingos eu irei descobrir se não fui enganado.

Ah, comprei uma passagem para Luang Prabang, no Laos. Lá não é muito longe daqui, mas é um tanto complicado de chegar sem ser de avião. Pelo que descobri, de Chiang Mai eu tenho de tomar um ônibus até uma cidade fronteiriça, passar a noite lá, cruzar a fronteira, pegar um barco e descer o rio Mekong, tarefa essa que dura UM DIA E MEIO. Um dia e meio num barco. Não. Tenho, portanto, mais oito dias na Tailândia. Ficarei uns dias por aqui, comprarei uns livros usados e irei pra uma cidade minúscula no meio da semana para ler as minhas aquisições.

No caminho de volta, um vendedor de comida em uma moto parou pra conversar comigo. Perguntou de onde eu era, falei que era do Brasil e logicamente o assunto futebol entrou em cena. Falei que torcia pro São Paulo. ele reconheceu o time e disse que torcia para o Liverpool. Comentei do clássico de amanhã (Liverpool x Everton), falei meia dúzia de coisas em tailandês e ganhei a simpatia do cara. No fim, ainda cantei o hino da torcida com ele!

Tentarei ver o jogo amanhã com a minha camiseta do São Paulo (pra evocar a ira de alguns) e a corrida no domingo!

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